A reportagem da agência de notícias Associated Press a respeito do nível de poluição na Baía de Guanabara e na Lagoa Rodrigo de Freitas foi rebatida pelo Comitê Organizador dos jogos de 2016. O Comitê descartou a possibilidade de haver uma transferência das competições para outros locais devido ao problema ambiental.
Esta hipótese está fora de pauta e não há como haver alterações, segundo o diretor de Comunicação do Comitê, Mário Andrada. ‘’Nada muda. As disputas de vela vão ser na Baía de Guanabara, e as de canoagem e remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas’’, relata.
Os organizadores da Olimpíada, segundo Andrada, têm vários argumentos para concluir que não haverá nenhum risco para os atletas dessas modalidades nos Jogos.
“Garantimos a saúde dos atletas nas competições. Isso é um compromisso nosso, do qual não abrimos mão, e estamos tranquilos”, completou.
De acordo com ele, o monitoramento da qualidade de água da Baía e da Lagoa tem sido feito regularmente por equipes integradas do Estado e do Rio 2016, e estão seguros que não existem riscos para os atletas.
O virologista Fernando Spilki, também coordenador do programa de qualidade ambiental da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo foi contratado pela AP para realizar testes de qualidade da água.
Na análise foram encontrados níveis altíssimos de vírus e bactérias de esgoto humano em locais das provas de vela, canoagem e remo. Os resultados preocuparam especialistas que alertaram a AP em relação aos riscos de atletas apresentarem sintomas como febre; vômitos e diarréia após o contato passivo com a água dos locais de competição.