A falta de chuvas nos reservatórios já começa a mostrar suas primeiras consequências. Os níveis dos sistemas Guarapiranga, Alto Tietê e Alto de Cotia registraram queda no balanço divulgado nesta quarta-feira (29) pela Sabesp.
O principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, o Cantareira, opera em 15,5% de sua capacidade há nove dias. Entre todos, o único reservatório que teve seu armazenamento ampliado foi o de Rio Claro, com um avanço de 0,2%.
5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes da leste, oeste, central e sul da capital paulista são abastecidas pelo Cantareira, número que era de 9 milhões antes da crise hídrica. A diferença é atendida atualmente por outros sistemas.
O quadro de escassez levou o governo a antecipar obras previstas somente para 2035, cuja prioridade é a construção de adutoras que levem água às áreas atendidas pelo Cantareira, que é hoje o maior sistema da Grande São Paulo, e está em situação crítica desde 2014.
O percentual que é utilizado agora é calculado com base na quantidade de água registrada no dia e a capacidade total do reservatório (1,3 trilhão de litros), que inclui o volume útil e as duas cotas do volume morto, captadas a partir do uso de bombas. Anteriormente o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, sem relação com a capacidade total. Sem essa cota, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros.
Fonte: UOL